Uma das duplas mais curiosas surgidas nos anos 80, o Tears for Fears conseguiu um feito inédito: deu mais dinheiro ao escritor Arthur Janov do que John Lennon. A história é simples: a dupla britânica, assim como o ex-líder dos Beatles, era adepto da teoria do Grito Primal desenvolvida por Janov. E o escritor confessou ficar admirado quando viu sua conta receber generosas somas de dinheiro de direitos autorais. Só por isso, o Tears for Fears já merecia uma matéria. Mas além disso, eles fizeram grandes músicas, especialmente nos dois primeiros discos, quando emplacaram sucessos como "Pale Shelter" e "Shout". O sucesso ficou ainda maior quando explodiram com o disco The Seeds of Love, que também rendeu inúmeras críticas e gozações por plagiarem os próprios Beatles. Reza a lenda que até Paul McCartney entrou na brincadeira, pedindo co-autoria para ele e Lennon nas músicas.
Uma banda que utiliza conceitos tão estranhos como o Tears for Fears usou é algo raro na história do rock. E o próprio nome é tirado da filosofia do Grito Primal - "trocar medos por lágrimas.
O duo formado por Curt Smith e Roland Orzabal sempre teve uma postura séria até demais para um duo pop e que calcou suas músicas nas neuroses e até por isso foram meio ridicularizados.
Aliás, no Brasil, o nome foi abrasileirado para "tias fofinhas", o que provocou caretas na dupla quando vieram para cá e souberam qual seria a tradução de "tias fofinhas" em inglês: "fluffy aunt? que merda é essa?", perguntou Roland, à época.
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