17 de abr. de 2009

Cazuza - Histórias

Depoimentos em 1985
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"Você é bissexual? Eu digo que sou. Quem é seu ídolo? Eu conto. É um defeito. Acabo ficando com fama de bêbado, homossexual e maluco...".
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"Levo uma vida burguesa. Mas sei que o Brasil vai mal, que tem gente morrendo de fome, que o Papa é um bobo e que o comunismo não está com nada".
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"Eu tenho vários lados. O lado escuro é um lado muito forte, porque sou muito boêmio, vivo muito de noite. Gosto muito da noite, acho que ela é um espaço, um território livre para tudo. Não sei... a noite é muito dramática, muito bonita. As pessoas que saem na noite, procuram algo que na verdade não vão encontrar, mas elas curtem a procura, aquele papo furado. Gosto muito de sol, também, de praia".
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"Acho que o sucesso é uma coisa muito perigosa. Não me deixo seduzir por ele. Eu nunca me deixei fascinar por transa de fãs me agarrando, porque sei que é uma coisa de momento... Tento ser coerente com o meu tarbalho e mais nada. Não me deixo seduzir por mordomias de sucesso: 'casacos de vison num dia, no outro trapos', tipo Billie Holiday".
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"Espero que, no futuro, não esqueçam do poeta que sou. Que as pessoas não se esqueçam de que, mesmo num mundo eletrônico, o amor existe. Existe o romance e a poesia. Que mais crianças venham a nascer e é fundamental o amor aos pais".
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"Exagerado é um disco agressivo, mas eu acho que a gente tem que ser agressivo, porque estamos numa época muito agressiva, a direita está agressiva."
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